O Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE) iniciou, nesta semana, o Projeto Piloto de Monitoramento do Mercado de Drogas Ilícitas no Brasil. Para apresentar o projeto, uma reunião interinstitucional foi realizada nos dias 28 e 29 de março, no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília.
Representantes da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (SENAD/MJSP), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) participaram da abertura, que também contou com interlocutores do Sistema Integrado de Monitoramento de Cultivos Ilícitos (SIMCI), projeto do UNODC na Colômbia.
Na ocasião, o CdE ainda apresentou seu boletim temático “Monitoramento de Preços de Drogas Ilícitas: Lições aprendidas na Colômbia e possíveis desafios no Brasil”, elaborado em parceria com o SIMCI. O objetivo do boletim é introduzir a questão sob uma perspectiva técnica, por meio de experiências internacionais documentadas e, principalmente, tendo como referência as lições aprendidas na Colômbia.
- Acesse a íntegra do boletim neste link.
Também participaram das atividades representantes dos Estados do Mato Grosso, Paraná, Pernambuco e São Paulo, locais onde o projeto piloto será implementado.
“Com estas atividades, esperamos padronizar os conceitos e as definições de diversas variáveis, como o preço que se combinam com os dados de apreensões de drogas, de tal forma que possamos construir em conjunto com as instituições policiais de cada Estado um sistema de monitoramento mais amplo e diversificado sobre o mercado de drogas ilícitas”, afirma o coordenador do CdE, Gabriel Andreuccetti.
Sobre o CdE
O CdE é fruto de uma parceria inovadora entre a SENAD/MJSP, o UNODC e o PNUD no Brasil. A proposta do CdE é contribuir com informações qualificadas sobre a oferta de drogas no país por meio do compartilhamento de evidências científicas sobre os mercados de ilícitos.
Sobre o SIMCI
O SIMCI é um projeto de caráter tecnológico que, além de monitorar o cultivo de ilícitos há duas décadas, promove estudos em áreas relacionadas, tendo desenvolvido uma metodologia para estimar o preço de drogas ilícitas em diferentes regiões da Colômbia. Desde 1999, por meio do uso de satélites e verificação de campo, o projeto calcula a extensão das áreas de cultivo ilícito de coca e o potencial de produção de cloridrato de cocaína no país, construindo séries históricas que subsidiam relatórios anuais sobre o tema.
Além disso, o SIMCI promove estudos temáticos sobre o cultivo de maconha e papoula, sobre as substâncias químicas empregadas na produção de drogas e sobre a extração ilícita de minerais. O modelo de pesquisa do projeto, com enfoque geográfico, se sustenta na construção de informação primária, no trabalho de campo e no desenho de indicadores para a obtenção de dados.